Após o bafáfá que aconteceu, mais uma vez, em torno do Enem, parei para analisar uma questão que não vi sendo badalada nos holofotes da mídia, a dificuldade dos deficientes, prinicipalmente visuais na realização da prova.
Ouvi no dia da prova o desabafo de uma candidata que é deficiente visual. Ela relatou que teve muitas dificuldade em realizar as provas do Exame. Primeiro, por ter que usar o método braille, o que torna o tempo de 5 horas pouco, já que a leitura através desse método é muito lenta, segundo a candidata. Segundo, pelo braille não ler imagens, e foram usadas muitas, em diversas questões, das mais diversas natureza. Segundo a candidata nesses momentos ela tinha que recorrer a um fiscal-leitor, e esse se mostrou impaciente na função, e em algumas imagens simplesmente disse que "a imagem é muito confusa". Por essas circunstâncias a candidata se julgou prejudicada no exame.
Tal fato, acima descrito, nos leva a pensar. Será que realmente o Estado Brasileiro está preparado para dá aos deficientes a tão difundida integração educacional?
Em minha cabeça surgiu a interrogação, de porque não criar cotas aos deficientes, em especial visuais, fazendo provas que estejam de acordo com sua realidade, e principalmente que o respeitem enquanto cidadãos. Aqui fica a interrogação!!!
